Monday, June 4, 2007

Garota de Ipanema

Surgiram aqui alguns comentários racistas, xenófobos e, sobretudo, reveladores daquilo a que os espanhóis chamam de "pájara mental".
Refiro-me, como é óbvio, aos comentários feitos por uma pessoa acerca do povo brasileiro, bahh, como eu gosto de chamar as coisas pelo nome (é assim a expressão não é?), é para ti Terexua (agora parecia um cantor Pimba). Mal eu acabei de ler um dos teus despropósitos, lembrei-me do Geriatrix (sim o velho decano da aldeia do Astérix), pois também ele diz que gosta muito dos estrangeiros desde que fiquem na terra deles...
Para além da honra que é sermos associados a uma das personagens do Uderzo, as tuas observações geniais como as de teres vizinhos brasileiros que são autênticos animais, parece-me que só justificam os teus sentimentos e, atrevo-me a dizer, demonstram também o espírito de compaixão e compreensão com que tu recebes e tratas os inferiores.
Conheço uma data de idiotas lamentáveis que dizem o mesmo que tu, pérolas de amor como "Eu não sou racista, os meus melhores amigos são pretos","Racista eu? Já entraram três monhés na minha casa!","Eu não tenho nada contra os brazucas, até acho que toda a gente devia ter um em casa!", por isso és daquelas pessoas que pode dizer que não está só! Lucky me ahn?
Mas, como certamente saberás, podemos sempre fazer o jogo ao contrário e eu dizer que prefiro as mulheres brasileiras porque elas não têm bigode como as portuguesas, e ainda dizes que não compreendes porque se preferem as brasileiras! (já viste tão giro que é generalizar? E os rótulos ahn? E especificar será?)
Para os meus detractores, eu gosto de pensar que os tenho, que irão cruzar este post com o outro em que digo que ninguém suporta um Homem que apregoa Moral, resta-me dizer que eu não pretendo ser coerente, pois "Faithfulness is to the emotional life what consistency is to the life of the intellect - simply a confession of failure", para além do mais eu não sou um Homem com H grande.
PS - O Winston já disse que "a responsabilidade solidária só quando é legal ou convencionalmente estipulada" mas, Libertas, continuas a falar no plural, o que me obriga a dizer-te uns versos que a minha mãe me dizia quando eu era pequenino "Experimenta falar pela minha boca/ Assoar-te pelo meu nariz!".
Para o Rui Pereira, o meu espanto por ver o quão actual se mantém aquilo de as pessoas gostarem sempre de dar aos outros aquilo que mais precisam, no teu caso, lições de história (ainda por cima plagiadas).
Para o Miguel Correia, não eu não penso que tu és um radical de direita e, já agora, agradeço o apreço pelo post "A Queda".

5 comments:

Winston said...

Subscrevo a parte das generalizações

Libertas said...

Jovem, quando eu falo na terceira pessoa, não é para englobar as outras duas bestas que comigo criaram o blog, como tu devias saber a grande parte dos escritos são sempre feitos na terceira pessoa, não querendo com isto incutir em vocês qualquer maneira de pensar, porque vocês já devem ser capazes de pensar pela vossa própria cabeça.
Devo confessar que não me agrada o que dizes, em relação ao Libertas, mas podemos sempre resolver isso com uma boa “conversa”.
O mesmo se aplica ao Wiston.
Com os melhores cumprimentos:
Libertas.

Anonymous said...

Eu realmente não percebo eu é que sou a xenófoba mas ainda me lembro de alguém escrever que os brasileiro eram nosso povo irmão mas bastardo. Apesar de lá no fundo saber que vocês concordam comigo, vocês conseguiram dar a volta à situação e agora eu é que sou a má da fita!
Continuo a dizer que não gosto dos brasucas e ainda ontem tive que chamar a policia outra vez por causa deles e da premiscuidade que ia no andar de cima!
Apesar de tudo e do vosso comentário muito bem escrito e cheio de filosofias, agradeço que tenho publicado um post à minha pessoa porque é sinal que pus umas quantas pessoas a pensar no assunto!
PS- o que é que quer dizer ser mãe de bragança??

K. said...

Não...o xenófobo sou eu! Aquilo que o Libertas disse foi em jeito de brincadeirinha! Tem graça isso de eu, "lá no fundo", concordar contigo...é a mesma técnica que eu uso com as raparigas, não gostam de mim mas lá no fundo...e sim puseste-me a pensar no assunto, se isso é bom é que já não sei, eu pergunto-me como é possível gente jovem discriminar desta forma...As Mães de Bragança foi um movimento de mulheres que quiseram encerrar as casas de alterne que havia nessa região porque estavam a desviar os maridos, claro mais uma vez culpa das brasileiras, ao fim e ao cabo resumia-se a um problema de cintas...
PS- há talvez algo que te esteja a falhar, eu não digo que os teus vizinhos não sejam desprezíveis, digo sim que certamente não o serão por serem brasileiros, parecendo que não...fáiz djiferença cára!

Inês said...

subscrevo a parte das "premiscuidades" ... lol