Friday, June 29, 2007

Pedido Especial

Eu não me dirijo à mesma entidade a que te diriges, caro K. Dirijo-me, antes, à Besta (não tu Libertas, a original!)...


Cara Besta,

Realiza aqui o desejo do meu amigo K. Como vês, as bandas que constariam, são bastante apologistas da tua pessoa, como tal, concretiza-o para teu próprio bem!! Tu próprio estás mais que convidado!

Ah... se não for pedir muito, fulmina o gajo que me roubou a baqueta que o Lars me estava a dar ("Take It, Take It")

Atenciosamente, com um metal up your ass,

Winston

Let the Music do the Talking

Eu sei que eu estou sempre a bater à Tua porta com pedidos e que Tu não és o TRL (felizmente!)...mas é que depois de ontem...só Te peço que organizes um festival, no S de Judas do Mundo, com bandas como Blackfield, Opeth, AiC, Ozzy e Metallica.
Sabes que eu, quando é para pedir, peço em grande e também não te custava nada...ao fim e ao cabo somos todos católicos e era por uma boa causa!
Para além do mais, uma Ode à Música destas faria com que a crise no Médio Oriente, a crise económica e a crise da Crise não passassem de bagatelas de spoiled kids.
A boa causa de que Te falei? Desde quando o Amor é racional?

Wednesday, June 27, 2007

I'm too sexy for my shirt

Há muita gente que diz que se fossem todos belos o mundo não tinha graça nenhuma e ainda há os que têm a lata de observar que a beleza interior é que conta. Tamanho disparate, tão claro como claras em castelo, só poderia ser proferido, vendo bem as coisas, por feios. Assim como só os que nunca ganham é que enchem o peito para dizer "O que interessa é participar". Eu sei que não sou imparcial, eu sou lindo de morrer, para que conste. Já fui um pouco vaidoso, mas hoje sou perfeito. Postos os pontos nos is (olha mas não pus), nomeadamente esclarecido o meu lado na contenda, passo a divagar.
O que realmente importa é ter estilo e fazer tudo em grande estilo! É esta uma das grandes lições dos filmes de Hollywood (para além de que as grandes investigações passam sempre por um clube de strip...mesmo as que envolvem crimes ambientais, sabe-se lá o que tramam as marotas e os seus varões). Todos nós gostávamos de ser o tipo que assalta o banco, aldraba o casino e foge com a mulher do aldrabado (ok, as senhoras preferiam ser esta mulher fogosamente atraente).
Mas, infelizmente, algo está a correr absurdamente mal na evolução da sociedade (os sociólogos confirmam!). Refiro-me, como é óbvio, a programas como a "BETTY FEIA", que voltam com histórias da Cinderela, com a grande diferença de que esta é mesmo feia, e o sermão de que o que interessa é a beleza interior. To Hell with inner beauty! Agora que estávamos no trilho certo do Éden, diria até a poucos dias de lá chegarmos, reabrem-se debates sobre a "importância da imagem no mundo actual e os perigos dos seus excessos"...o único perigo de ser belo é ser demasiado tentador! E isto é tao verdade verdadeira como o facto dos nutricionistas serem todos gordos.
Uma amiga minha sofreu um atentado nas sobrancelhas. O meu conselho? "Usa uns óculos escuros daqueles fashion que tapam a cara" "E se estiver num café ou centro comercial?" "Dizes que estás de ressaca!". O segredo da vida é fazermos das desgraças coisas com estilo!
Certa vez fui cortar o cabelo (actividade que realizo amiúde) e, mea culpa porque devia ter reparado que estava num centro de jardinagem, a senhora jardineira resolveu cortar o mal pela raiz (literalmente!), pegou no corta-relva e rapou-me a cabeça. O que é que eu fiz com 0,5mm de cabelo? Chorei? Reclamei? Nada disso, meti brilhantina, posso ter pouco cabelo mas o que tenho brilha!
Pff e ainda dizem que sou superficial, vago e fútil (a ordem é arbitrária).
Estilo, meus amigos, estilo!

Wednesday, June 20, 2007

Jesus Cristo Superstar

Aquilo dos 10 mandamentos na condução...tem efeito retroactivo? São também pecados capitais?
É que...

Monday, June 18, 2007

Nota aos membros do blog

Estuda uma pessoa um ano inteiro, na esperança de conseguir notas minimamente decentes, e chega aos exames e só lhe acontecem desgraças... Desgraças imputaveis à minha pessoa, é certo, não tenciono culpar os outros... Sad But True (faltam 10 dias), mas a verdade é que me voltei a espalhar...

Não culpo a faculdade, nem os professores (que me perseguem, eu sei!), mas bem que podia ter um destino mais ao nivel da minha dedicação :P

Bom Estudo para os restantes membros do blog e boa sorte

Thursday, June 14, 2007

The bed ain't my bitch

Hoje chegamos à conclusão que afinal dormir não é assim tão bom. Sempre fomos muito preguiçosos, tínhamos em descansar várias horas seguidas numa cama como um acto de restabelecimento de forças, afinal estávamos adormecidos e tudo era como nos aprouvera, pois a realidade que queríamos viver era por nós vivida em sonhos, tudo era belo, sentimos que somos Deus, que somos imortais, inatingíveis, o problema é que no dia seguinte acordamos sempre…Apesar de nos sentirmos sempre cansados, deixamos de entender o sentido do sono, não posso acreditar que o ser humano seja obrigado a perder tanto tempo na vida, porque no final metade da nossa vida foi passada numa cama com sonhos ridículos. Os sonhos eram uma espécie de refugio inatingível onde nos escondíamos e onde as nossas fantasias se tornavam em momentos de pura realidade, mas a verdade é que não mais conseguimos dormir como antes, ao invés de fantasias levamos problemas para a cama, pensamos neles durante a noite, e nos intervalos dos problemas temos pesadelos com eles. Para que dormir, What’s the point of taht?É uma total perda de tempo, mais vale acordar, ouvir aquela música que nos dá vontade de partir tudo, nos enche de energia e fazer alguma coisa de útil, como tentar interpretar os sonhos da noite anterior....


Libertas.

Casablanca

- K. acreditas em Deus?
- É mais importante que Ele acredite em mim.
- Foste sempre tão cretino?
- Fui aperfeiçoando...mas a base estava lá definitivamente.
- K. e no amor acreditas?
- Acredito no seu fracasso total, o que é belo!
- Belo?
- Se a História nos ensinou algo...foi que as mais belas histórias acabam em desgraça.
- Tu és tão...
- Cínico?
- Perverso!
- Também é um bom adjectivo...
- Como é que podes achar o fracasso belo?
- Nada é tão poético e mexe tanto com os homens como uma boa derrota!
- Que manipulador!
- Repara, o Homem é um animal descontente mas nunca sabe o porquê do seu descontentamento! Eu digo...damos-lhe uma razão para ser miserável e ele tornar-se-á no Homem mais feliz do Mundo, no mais sortudo!
- Odeio-te!
- Não! Tu amas-me só que ainda não sabes...
- O que te faz ser tão confiante?
- Saber que estamos destinados ao fracasso.
- E isso é bom?
- Pergunto eu, consegues pensar em algo melhor?

Tuesday, June 12, 2007

- Preciso de espaço, desculpa.
Não há mais mãos em mãos, apertadas, nem mãos pelo cabelo, de mansinho. Tudo porque precisas de espaço, e eu sempre te fiz as vontades. Mas isso é o quê? Dois metros, eu do lado de cá da rua e tu do lado de lá? Vais mudar de cidade, mudo eu, ou chega-te que vá a tua casa buscar a camisola verde que lá deixei? Se forem só meia dúzia de centímetros não faz mal, consigo satisfazer-te o pedido, mais que isso não. E esse espaço é geográfico ou temporal? Ligo-te amanhã depois de almoço, para falarmos melhor, estou certa que reconsiderarás. Podemos ir lanchar ao sítio do costume, dividimos uma torrada como sempre, tu comentas que a empregada até tem uns olhos giros e eu belisco-te debaixo da mesa. Isso é uma desculpa qualquer, não me estás a dizer a verdade. Não queres dizer, não digas, mas então explica-me o que é isso do espaço. É como quando vamos no elevador com um vizinho e nos encostamos muito num canto? Ou no metro, como quando preferimos ficar no cais e esperar pelo próximo? Eu quero apanhar este e não me importo que vá apinhado, só me chateia que alguém te toque, mesmo sem querer. Mais ainda se eu não o puder fazer. Por isso se queres espaço, logicamente, não voltarás a andar de metro ou de autocarro, prefiro que não te aproximes de ninguém. Nem por carta, sequer. Assim terás o teu espaço, e só assim. Nisto não cedo. Perguntas-me se estou a enlouquecer. Dizes que vou ficar bem, e que o tempo tudo cura. Respondo-te que o relógio e o calendário só emendam o que por algum motivo estava enfermo, ainda ontem estávamos bem, pensei que hoje estávamos melhor que nunca. Mais valia teres virado a cara quando aqui cheguei, bem sabes como detesto pensar nas coisas que se revelam como as últimas. Se estamos a minutos do fim não é porque tens falta de espaço, é porque há demasiado entre nós. Sabes que mais? Dou-te razão. Hoje é sábado, mas na segunda, à hora de ponta, num transporte público qualquer, vou procurar alguém que se contente com o pedaço mais pequeno de chão, onde só cabe um pé em cima do outro, e vou fingir que é a primeira vez, como fiz contigo.

Friday, June 8, 2007

Political Compass

Lanço, neste post, o desafio aos que nos têm acompanhado nas ultimas semanas: http://www.politicalcompass.org/questionnaire

Fui, como ervas, e não me arrancaram

Continuando com os temas fracturantes, que têm sido a força deste blog, hoje gostaria de falar dum assunto que é de uma relevância enorme para a sociedade portuguesa, com a agravante que é o facto da maior parte de nós não nos apercebermos da importância do mesmo, mas nada temam que eu fui chamado para alertar.
E o problema é a má interpretação que tem sido feita ao longo dos anos de um dos poemas do Fernando Pessoa que, indubitavelmente, resulta da dificuldade que os Silvas têm de perceber os paradoxos e ver mais do que fica dito. Agora que consegui a vossa atenção, resta-me explicar onde fui buscar esta ideia. Surgiu depois de ver na TV um senhor na ponte, parecido com o Bosingwa, a afirmar que o buzinão foi tanto física como ruidosamente perceptível pelo Ministro.
Não percebi. Continuo sem perceber. Achei melhor tentar esquecer. Mas, tal como as grandes paixões, continua lá para me azucrinar. O que é chato. Ou nem tanto assim. Dizem-nos que temos coração. Se calhar até é bom.
Bom, o facto é o de que esse homem não disse nenhum paradoxo, apenas uma parvoíce, mas deu-me a desinspiração para escrever crap e isso é que importa.
O poema é a Tabacaria e, erro meu, não é do Pessoa mas sim do Álvaro de Campos, um daqueles poemas que toda a gente sabe citar nas horas mortas mas ninguém percebe o significado. Um pouco como estar "in bloom" para os que atingiram o Nirvana.
A mim sempre me fez confusão um génio não se ver como tal. Era como se pusesse em causa a minha convicção de ser um deles e isso eu não poderia aceitar. Vai daí que sempre me intrigou o Álvaro dizer "Não sou nada/Não posso querer ser nada/Nunca serei nada" e a professora explicar que o sujeito poético (que terrível expressão!) revelava sentimentos de fracasso, melancolia e revolta consigo próprio. Ora é sabido que a revolta é o primeiro estado de consciência do Homem. E que o português é uma língua graciosamente traiçoeira. E que menos com menos dá mais (engraçado como a matemática ajuda na interpretação de poesia), logo "Não sou nada" significará que se é alguma coisa. E assim para os outros versos.
Mas não posso bastar-me com estes versos iniciais. Há que tocar mais fundo. O poeta começa então a revelar-se aos poucos "Falhei em tudo/Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada" o que é um indício. E acaba, não o poema, mas a revelação "Semiergo-me enérgico, convencido, humano/E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.". E já nada será como dantes.
Lendo assim já faz sentido o Universo reconstruir-se sem ideal nem esperança e o dono da Tabacaria sorrir. A Esperança só dá o braço aos infelizes. Os outros não precisam dela para nada. Se o Universo se reconstrói sem ela é porque algo de bom se conseguiu, nem que seja a, não tão mera assim, paz de espírito. O que cada um traz dentro de si é, na realidade, a única coisa que importa porque ninguém, a não ser o próprio, lho poderá tirar...o que parece irreal!
Um amigo uma vez disse-me que a Arte devia revelar a Arte e esconder o artista, parece-me que Pessoa também o sabia. Não te preocupes, ninguém liga, your secret is safe.
É curioso como tudo na vida só faz sentido na contradição, no paradoxo. Toda a gente sabe que o paradoxo é uma afirmação que implica uma contradição fundamental na sua base. Quase ninguém sabe que, na verdade, o paradoxo não comporta contradição alguma. Diz a verdade e por isso é que nos rimos.
Voltando ao poema, pensando bem, talvez não seja esse o seu significado, mas é que para alguns de nós faz toda a diferença do Mundo haver ou não uma rosa, consoante o apetite da ovelha (e que tenebroso é depender disso!). Talvez o meu amigo tenha estado mais acertado quando disse que o que a Arte espelha realmente é o espectador e não a vida, e seja eu que queira ver o poema desta forma. Talvez também eu tenha querido dizer algo de subtil e sublime neste texto. Já não sei. Estou baralhado. Ou como diria o mesmo amigo...às vezes sou tão inteligente que não percebo uma palavra do que digo.
Valete, Frates (apesar de ser sozinho).

O Bom, o Mau e o Vilão

O George Bush é um sonhador. Um idealista. Tem é sido mal interpretado pelo Mundo. Ou então tem interpretado mal o Mundo.
Confesso que gosto tanto de política como de bordados, isto é, conheço os contornos e até posso apreciar o resultado, não tenho paciência é para as picuinhices no meio. Assim, soube que o bom George disse que a Rússia não era uma democracia (vi nas gordas...ups na tv na tv!!) e agradeci a Deus por ainda haver cowboys dispostos a pôr tudo no lugar. E tal como nos filmes de cowboys, o xerife (sociedade internacional) é sempre um tosco. Bush tem sido acusado de tudo. Ninguém pode é negar que ele sonha com democracias a florir pelo mundo inteiro. E vibra com a dignidade da pessoa humana. Ai de quem se atreva a instaurar um regime autoritário...Not on my world, pal!
Foi só Ele aperceber-se das ditaduras violadoras dos direitos fundamentais (já que nem todas são! Há os iluminados! ah isso é que há!) no Afeganistão e no Iraque e pimbas!(Emanuéis inclusive...), toneladas de democracia ocidental para cima. E todos vimos como aquilo floriu...
Toca-me sempre que fala nos direitos fundamentais e na dignidade da pessoa humana, tão preocupado que até faz questão de providenciar o melhor de Guantánamo (Paradiso Tropicale!), ao fim e ao cabo são pessoas! E choques eléctricos nas partes baixas...é o pessoal na paródia! Que queixinhas já nem se pode galhofar! Pena de morte nos EUA? Toma...pode lá ser isso! In God we trust!
Se eu fosse o Putin, para além de pôr uma cara mais alegre (ele tem cara de quem está apertadinho com o Nature's call), começava já a tratar do défice democrático...Não vá Deus tecê-las!
Também soube que dois "terroristas" que "vivem" naquele Jardim do Éden, foram absolvidos...mas, mesmo assim, vão ficar por lá, um tipo quando se afeiçoa às coisas depois é difícil partir. E choques daqueles não há em qualquer lado assim como assim!
O ambiente é, juntamente com o apetite voraz por biscoitos, uma das paixões deste homem. Mas um cowboy precisa de fumar o seu cigarro "Marlboro", os índios é que têm de parar com os sinais de fumo que isso faz uma porcaria do caraças e um gajo tem dificuldade para respirar man!
No fundo, a "international scene" é um grande salão de dança e ele é que escolhe a música (e se acharem que é tango mas ele disser que é uma valsa...então é porque é uma valsa e se forem teimosos talvez aqueles choques vos façam ouvir melhor...tratam de muita coisa os choques).
O Mundo é um lugar melhor e mais seguro com ele watching you. Podemos dormir descansados. A liberdade de expressão nunca esteve tão segura. O cowboy está lá para nós e o Lucky Luke é ficção.
O George Bush é um sonhador. Um idealista. Tem é sido mal interpretado pelo Mundo. Ou então tem interpretado mal o Mundo.

Thursday, June 7, 2007

Segunda a sábado

Já passavam vinte das oito, de segunda a sábado na mesma paragem de autocarro, o mesmo som da cidade, encontrões em gente com muitos sacos, em gente sem nenhum. Vestia um pano colorido em jeito de roupa, com cores e cheiro a África. A fazenda garrida enroupava-a do colo aos joelhos, mostrava os braços e as mãos muito negras e secas. Meia agachada e adormecida, encostou-se contra a paragem, num contraste quase ridículo com o cartaz atrás dela, a publicidade a um perfume ou batom qualquer mostrava uma mulher a sorrir, etérea e suave, num vestidinho preto.
Ela guardava o sorriso, porventura por falta de forças, ou de motivos. Certamente não era por não carregar sacos com fitas e laços, ou por causa das sandálias consumidas que usava nos pés. Eram os sonhos que estavam gastos e rotos, caídos debaixo do banco do autocarro apinhado, de segunda a sábado.
Ao domingo já não imaginava mais nada sem ser o que tinha, preferia ter as mãos ocupadas do que o estômago vazio e barulhento, até porque nunca conheceu outro caminho. Finalmente o autocarro chegou e a fila inquieta para entrar formou-se com a mesma rapidez com que desapareceu, indiferente à mulher que permanecia sentada no chão. Tentou apoiar-se nas pernas, mas cedeu, pela primeira vez à fraqueza e aos olhos molhados. O autocarro arrancou, com os sonhos lá dentro, acalcanhados pelos pés de quem tem onde ir e alguém à espera.

Para Todos Vós RUDD

Saudosismo, sentimento tipicamente português, no pequeno espaço de tempo em que vivemos as “maravilhas” da vida académica, devemos confessar que os melhores momentos foram passados numa residência universitária, da qual nos vimos obrigados a sair.
É com imensa saudade que recordamos os dois anos vividos na D. Dinis, uma espécie de casa para pessoal fora do comum, não necessariamente no bom sentido da expressão.
Sem dúvida éramos uma família e é comovente ver os laços que se criaram entre os ex-residentes daquela casa.
Devido ao aumento exponencial da entrada de mulheres no ensino superior que se vem constatando nos últimos anos a essa parte, mais vagas eram necessárias para as “senhoras” e nós fomos os sacrificados.
Despejados e separados, o espírito RUDD mantém-nos unidos.
Há bem pouco tempo alguns membros da nossa família RUDD, decidiram ir visitar a casa, agora numa época que é habitada só por mulheres, foi com grande surpresa (ou não) que verificamos que o espírito RUDD permanece nesta casa, embora desta feita encarnado no corpo de mulheres, criou-se então uma espécie de relação especial entre ex-residentes e novas residentes, o qual nos voltou a devolver a nossa casa, mesmo que por curtos espaços de tempo, tempo esse em que os mais velhos contam as suas histórias da nossa casa, ouvem com atenção o que as novas déspotas têm a dizer, entre uns copos e umas trocas de experiências o espírito RUDD vigora e assim o pretendemos manter vivo!
A todos os nossos irmãos RUDD, o nosso muito obrigado, e tratem as nossas irmãs mais novas de uma forma pedagógica, uma vez que são elas que vão continuar a escrever a história que nós fomos obrigados a deixar pela metade.

Libertas.

Tuesday, June 5, 2007

Genuns nunquam perit

Um bonito brocardo é quase tão bom quanto um prosaico provérbio, no que toca a reacender uma discussão e dar um toque erudito. Vou partir de um silogismo, fraco, é certo, mas que serve o propósito: ora, se o género nunca perece, é forçoso concluir que os brasileiros vão continuar a brotar como cogumelos de geração espontânea, no meio da pura e refinada raça que é a portuguesa. Obviamente, não quero isso.Aliás, suponho que ninguém na perfeita utilização das suas capacidades quererá. Como tal, não vou ficar à espera que alguém tome conta da ocorrência, pelo que reuni uns quantos exemplos históricos que nos podem ajudar a erradicar, de vez, esta praga bíblica.

Isto da xenofobia e das perseguições já remonta ao tempo de Moisés, época em que um iluminado faraó egípcio se lembrou de organizar uma enorme matança de crianças judias, com medo que excedessem em número os habitantes autóctenes. Bom, mais tarde este povo acaba por fugir para a terra prometida, o que nos mostra que a medida foi realmente eficaz.

Estou também a lembrar-me do pirómano Nero, que arrasou Roma enquanto cantarolava, para mais tarde acusar os cristãos e os judeus de incendiários. Como é que ainda não nos lembrámos de apontar o dedo aos brasucas pelo flagelo dos fogos de Verão?

Também as mulheres serviram de bode expiatório numa tentativa desesperada de explicar a peste negra: dizia-se terem renegado à fé cristã, terem-se entregue ao culto do demónio, e por isso foram queimadas no conhecido movimento medieval de caça às bruxas.

Volta e meia, repetem-se os massacres de judeus, por isto e por aquilo: por cobrarem juros, por se dizer que espalharam a peste contaminando a àgua, por terem morto Jesus. A minha sugestão é, pois, que retomemos os métodos da Santíssima Inquisição, desta feita com a raça brasileira: espionagem, tortura e terror. Mais grave que afirmar que a Terra gira à volta do Sol é fala com sotaque em jeito de canção de Caetano Veloso.

Nenhum périplo histórico estaria completo sem uma referência a Hitler e aos seus adereços ideológicos: o social-darwinismo, a loucura racista, a teoria do espaço vital, o antibolchevismo e o anti-semitismo. Aposto que ele também pensou que um "judeuzeco" qualquer podia deixar crescer um bigodinho ridículo e roubar-lhe o emprego. Por que não aplicar a ideia aos brasileiros, já agora a todos os imigrantes, e filhos destes nascidos em Portugal? Vamos retirar-lhes os direitos de cidadania,assinalá-los com uma estrela amarela, insultar, atormentar, rebaixar, privar da possibilidade de ser alimentarem, cultivarem, informarem, movimentarem. Os brasileiros, os moldavos, os católicos, as mulheres, os muçulmanos, os homossexuais não são nunca vizinhos, professores, inquilinos, senhorios, alunos, colegas do trabalho,médicos, advogados, pacientes, estudantes. Não. Eles são a fonte de toda a promiscuidade, do desemprego, do défice, da doença, da vulgaridade que é o supremo vício. As brasileiras são feias, vamos proibi-las de casar com os nossos homens. Felizmente isso não acontecerá, nunca, em qualquer parte do mundo com nenhum emigrante português, dado que somos um povo agraciado por Deus em todos os aspectos. Não há portugueses feios, barulhentos, desrespeitadores, porcos, inconvenientes, arrogantes, preguiçosos os desinformados.

Generalizar é perigoso. É mau. A História mostra-nos isso da forma mais vergonhosa para a teoria do evolucionismo e para a pretensa inteligência humana. Mas talvez Darwin tenha cometido algumas falhas no seu estudo, nem todos evoluímos, e para o retrocesso basta uma frase feita ou uma sinédoque disparatada.

Monday, June 4, 2007

All good things come to an end

Não temos mais aulas de Obrigações. Suspiro.

Garota de Ipanema

Surgiram aqui alguns comentários racistas, xenófobos e, sobretudo, reveladores daquilo a que os espanhóis chamam de "pájara mental".
Refiro-me, como é óbvio, aos comentários feitos por uma pessoa acerca do povo brasileiro, bahh, como eu gosto de chamar as coisas pelo nome (é assim a expressão não é?), é para ti Terexua (agora parecia um cantor Pimba). Mal eu acabei de ler um dos teus despropósitos, lembrei-me do Geriatrix (sim o velho decano da aldeia do Astérix), pois também ele diz que gosta muito dos estrangeiros desde que fiquem na terra deles...
Para além da honra que é sermos associados a uma das personagens do Uderzo, as tuas observações geniais como as de teres vizinhos brasileiros que são autênticos animais, parece-me que só justificam os teus sentimentos e, atrevo-me a dizer, demonstram também o espírito de compaixão e compreensão com que tu recebes e tratas os inferiores.
Conheço uma data de idiotas lamentáveis que dizem o mesmo que tu, pérolas de amor como "Eu não sou racista, os meus melhores amigos são pretos","Racista eu? Já entraram três monhés na minha casa!","Eu não tenho nada contra os brazucas, até acho que toda a gente devia ter um em casa!", por isso és daquelas pessoas que pode dizer que não está só! Lucky me ahn?
Mas, como certamente saberás, podemos sempre fazer o jogo ao contrário e eu dizer que prefiro as mulheres brasileiras porque elas não têm bigode como as portuguesas, e ainda dizes que não compreendes porque se preferem as brasileiras! (já viste tão giro que é generalizar? E os rótulos ahn? E especificar será?)
Para os meus detractores, eu gosto de pensar que os tenho, que irão cruzar este post com o outro em que digo que ninguém suporta um Homem que apregoa Moral, resta-me dizer que eu não pretendo ser coerente, pois "Faithfulness is to the emotional life what consistency is to the life of the intellect - simply a confession of failure", para além do mais eu não sou um Homem com H grande.
PS - O Winston já disse que "a responsabilidade solidária só quando é legal ou convencionalmente estipulada" mas, Libertas, continuas a falar no plural, o que me obriga a dizer-te uns versos que a minha mãe me dizia quando eu era pequenino "Experimenta falar pela minha boca/ Assoar-te pelo meu nariz!".
Para o Rui Pereira, o meu espanto por ver o quão actual se mantém aquilo de as pessoas gostarem sempre de dar aos outros aquilo que mais precisam, no teu caso, lições de história (ainda por cima plagiadas).
Para o Miguel Correia, não eu não penso que tu és um radical de direita e, já agora, agradeço o apreço pelo post "A Queda".

Acerca da personalidade jurídica da União

Honestly? Couldn't care any less, senão estaria agarrada ao volumezinho de capa azul.

De facto, não é isso que me traz por aqui hoje (enquanto a Milla Jovovich não chega, é o que há)
Retomando o tema do anterior post, não posso deixar de pensar que se é verdade que cada um tem o que merece também não é menos verdade que cada país tem o ditador que merece. Karma works in misterious ways. À nossa imagem e semelhança, o Dr. António de Oliveira Salazar governou o país durante longos e gloriosos anos. Um homem simples que a bonita terra se Santa Comba Dão viu nascer, tímido, nada dado a demonstrações de poder ou virilidade. Suspeito que seria mais adpeto de actividades em recintos fechados, sentadinho na sua cadeira a ler o best seller da altura "How to be a dictator in 30 minutes" (parece que está a fazer um enorme furor na América do Sul, nos dias que correm).

Para quem pense que isto de ser um grandessíssimo facho encrudelece uma pessoa, desengane-se! As suas desventuras românticas enchem hoje páginas e páginas, em livros sentados nas prateleiras da Bertrand, juntinhos ao dantesco romance da Senhora Dona Carolina Salgado, prova mais que suficiente de que era um coraçãozinho mole. Como os portugueses se enternecem com verdadeiras histórias de amor! Estamos a falar de um homem sóbrio, que se dedicava de forma incondicional à sua profissão, assumindo as suas responsabilidades, avesso à delegação de tarefas, um pouco o inverso da Administração Pública de hoje. Ahh, e que sonhos tinha ele para Portugal!Um império além fronteiras, um país rural, pobre mas conformado, temente a Nosso Senhor e feliz! Ele sim, sabia o que o verdadeiro bonus pater familias deveria ser, um homem forte, másculo e de enchada em punho, pronto a impor a ordem no lar. Temos em que dava gosto ser mulher e mãe, levantar com a aurora do dia, esfregar com devoção cada cantinho do lar, pôr a mesa e cozinhar as refeições, entoando cânticos religiosos e, ao fim do dia, piedosamente, remendar umas meias junto ao quentinho da lareira... Também as crianças eram estupidamente felizes, marchando na Mocidade, os meninos, e aperfeiçoando o ponto de cruz e os arraiolos, as meninas.

Mudam-se os tempos, mudam-se os ditadores. Hoje está na berra o show off, estadista que se preze tem que correr diariamente uma maratona (gostava de o ver em viagem oficial ao Quénia), suando como um atleta olímpico, enquanto as donzelas suspiram com a masculinidade, o charme latino e o cabelo grisalho. Já as aventuras românticas, diz a má-língua, denotam opções diversas, mas quanto a mim é tudo inveja. Isso de ter territórios ultramaninos passou também de moda, o melhor mesmo é "des-anexar" a Madeira, visto que o Orçamento é magro, é gente que fala de maneira estranhae vê com maus olhos as leis da República. Mais a mais, o nosso PM anda com a ideia maluca das Oportunidades, coisa que me assusta enquanto mulher e futura dona de casa, não vá ele obrigar me a estudar e trabalhar, sujeitando o meu marido à humilhação de ganhar menos. Deus nos livre! "Deus, Pátria e Família!"

Já o português médio não aguenta mês e meio no ginásio, quanto mais uma maratona diária. Nada como um serão no sofázinho, enquanto a patroa escolhe a gravata do menino e mete a criançada na cama. Depois, aninham-se a ver a têvê até que ele desiste porque ela "não pode perder o episódio em que a Maria dos Anjos o apanha com outra num motel reles, senão perde o fio á meada".

Chegados a este ponto, parece me claro que o Sr. Silva se assemelha assustadoramente ao dito António de que falávamos há pouco. Parece que o consigo ouvir a discutir com a Maria (uma das suas conquistas):

- Óh filho deixa-me ver a Ilha dos Amores, 'tou farta do Malato!
- Tá caladinha mulher, vê lá se queres ir passar a noite a Caxias!

A meu ver é essencial que cada povo se identifique com o seu governante, e com este não vamos longe. Por isso, lanço aqui um desafio (ou um repto, como é fashionable dizer) aos vários canais televisivos, façam uma espécie de reality show em que o ganhador seria, vitaliciamente, Ditador. Perdão, Primeiro-Ministro.
Afinal de contas, " O António faz falta".


Post scriptum: Este singelo texto de Direito Comunitário será posteriormente publicado em vietnamita e checo, quando eu voltar da Patagónia, logo depois de receber meia dúzia de condecorações na Baixa da Banheira, onde vou sempre que posso.

Saturday, June 2, 2007

Começo por saudar os ilustres membros e visitantes deste brainstorming spot. Quando se fala de Salazar, seja na televisão ou na mesa ou lado do café, gosto invariavelmente de meter o nariz.Lamentavelmente, não disponho do tempo necessário para o fazer de forma desenvolvida (como Ele certamente merece), mas irei com toda a certeza fazê lo em breve. Fiquem a pensar nisto, os nossos avós sabem as dinastias todas, enquanto que o vulgar aluno do secundário não imagina sequer que não é ele o primeiro a bater na mãe.

Atenção!

Caros leitores assíduos do nosso espaço de liberdade! É com alguma preocupação que verificamos a proliferação de idealismos políticos no nosso espaço, queremos esclarecer que apesar de se tratar de um espaço de liberdade, não é por nós almejado politizar o nosso blog, este é um espaço de critica e não de apologia a regimes políticos, sejam eles fascistas ou marxistas mais, nenhuma das almas penadas toma partido por nenhuma facção, nas palavras do K “sou do centro distraído”. Somos todos!
Com isto não estamos a limitar, de todo, a liberdade de opinião e de critica, mas não podemos permitir que este espaço seja utilizado como mais uma forma de divulgação de ideologias sejam elas de esquerda ou de direita. Deixem isso para os congressos dos vossos respectivos partidos, onde até podem andar à porrada, ou para a festa do avante, onde podem beber ao mesmo tempo.
P.S.- Queremos que fique claro que este post revela muitas opiniões, de várias personalidades, mas de uma e mesma pessoa. Libertas.

Libertas.

Atentado! (?)

Quando parecia que Portugal já estava, finalmente, na onda do terrorismo internacional, o que impulsionaria o nosso lugar na politica internacional, vem-se a descobrir que afinal não passou de uma simples brincadeira de mau gosto com gás pimenta... Estou a falar, como é obvio, do acontecimento de 4ª feira no metro do saldanha...

Tenho o seguinte a dizer a esse respeito: senhor terrorista, de gás pimenta em punho, faça o favor de evoluir! queremos coisas mais bombasticas, no sentido TVIdesco da palavra, bem como no sentido literal. Fica aqui a nota de que acompanharei o seu trabalho na medida do que as noticias o permitirem. O meu obrigado e um grande bem-haja.

Friday, June 1, 2007

Football Manager...

Fica aqui um conselho para todos os adeptos do FM, não levem o simulador demasiado a sério, é só um jogo, não vão ter a paranóia deste senhor que enviou o CV (conquistas no FM), para um clube inglês….
Sempre soubemos que existem pessoas que vivem num mundo à parte, mas depois de verem isto vão acreditar que de facto existem malucos para tudo!
Entrem neste endereço e conheçam a famosa 5.ª dimensão….


http://homepages.nildram.co.uk/~kritip/managers%20job.htm
Libertas.

Mr.Mojo Rising


"And I'll tell you this
No eternal reward will forgive us now for wasting the dawn" - Jim Morrison

Sem tirar nem pôr...