Monday, November 19, 2007

Can't Buy Me Love

O amor é algo que não se pode comprar, ou se tem ou não se tem dependendo do quão execrável se é. Pelo menos, foi assim que mo venderam.

É claro que só os ricos é que se podem dar ao luxo do "amor e uma cabana". É privilégio deles. Para os demais, há que tomar em conta a praticabilidade, as considerações práticas do amor. Estas são apenas duas ou três questões a que temos de responder. Mais do que isso e passamos a ser racionais o que, convenhamos, só atrapalha.

Por isso é que fico espantado por ver que até já há gestores de marketing que se comprometem a melhorar os relacionamentos através de técnicas de...marketing, propondo para isso ideias para a "venda do seu produto", como revitalizar o mesmo, fazer uma análise de fraquezas e forças (o que em muitos se revela como fraqueza- o que eu sinto depois de força- sentir o teu gancho direito), tornando assim toda uma relação muito mais cheia de "glamour", de acordo com os ner...gestores.
"Contentamento descontente"? Análise SWOT ao coração (?!). Até a linguagem se parece com a do Admirável Mundo Novo.

Devem ser reflexos da sociedade de consumo, na qual tudo tem preço, custo e é optimizável. Nada contra, enquanto a cabeça for usada para fazer contas e conversas sociais, está tudo muito certo. O caldo está entornado quando é preciso sentir. Ela não pode, não consegue. É o princípio da especialidade que, azar dos azares, está em crise.

Já eu basto-me com a praticabilidade das perguntas que o burro coloca no final do filme (You love this woman don't ya? Do you wanna hold her? Please her?). Houvesse mais burros destes e o o mundo era um lugar melhor.

No fundo é simples e por isso é que é tão complicado.

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